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09/02/2024

RH do Futuro é tema da primeira reunião técnica de Recursos Humanos do Sincades

A recrutadora global Mariana Reis, especialista em gestão de carreira e CEO da Uptalent, foi a palestrante da primeira reunião técnica de Recursos Humanos de 2024, nesta quarta-feira (7). Mais de 70 líderes das áreas de Recursos Humanos do setor atacadista e distribuidor do Espírito Santo participaram da palestra "Tendências, Desafios e Soluções do RH do Futuro”, uma iniciativa do Sincades para qualificação constante dos colaboradores do setor.

Mariana Reis afirma que a sociedade vive um momento de transformação acelerada, em que as organizações buscam constantemente se adaptar às mudanças do ambiente de negócios. Nesse cenário dinâmico, o papel do departamento de Recursos Humanos (RH) torna-se crucial para impulsionar o sucesso das empresas.

Na visão da especialista, o RH estratégico atua de forma consultiva, traduz cenários, não olha só para dentro da empresa, olha para o que está mudando no mercado. Precisa saber ler e traduzir cenários externos para sua mudança interna.

“Para saber ler cenários, o mais importante é saber fazer as perguntas certas. A curadoria de informações e conhecimentos é a habilidade principal do setor de RH. É importante saber discernir o que é fonte segura e o que não é, fazer leitura estratégica. Muita gente tem Power BI, com dados infinitos, mas não usa com estratégia. O mercado do futuro não é de quem tem a resposta certa, mas de quem faz a pergunta certa para obtê-la”, afirma Mariana Reis.

O chamado “RH do Futuro” está ligado a entender de tendências. “Quem trabalha com RH precisa saber quais são as principais pautas do mercado e como estão impactando ou podem impactar seu negócio. Hoje em dia é primordial saber sobre ESG, 5G, internet das coisas, metaverso, trazer isso para a realidade da empresa. Olhar para ética, para sustentabilidade, para a inovação. Não só produzir, mas agregar valor à sociedade”.


Quatro gerações em sinergia

Outro ponto importante é a nova realidade do mercado, que engloba quatro gerações trabalhando juntas. O RH precisa saber fazer a gestão dessas diferentes gerações de forma a obter o melhor de cada uma.

“As empresas que vão performar melhor são as que conseguem otimizar essa sinergia de trabalho. Hoje, o jovem já chega sabendo de muita coisa. O jovem pode ensinar o mais velho, até mesmo liderar. Entretanto, os profissionais com mais experiência têm mais conhecimento do funcionamento organizacional, das relações e dos processos, algo importantíssimo que precisa ser levado em conta para ter bons resultados. Por isso, o melhor é quando todas as gerações conseguem trabalhar em sinergia. Um aprende com o outro e todos saem ganhando”, reforça a especialista.


Inteligência Artificial e inovação

Com a entrada da Inteligência Artificial, o RH tem que estar preparado para criar o funcionamento de forma equilibrada. “Temos que usar a ferramenta como parceria estratégica. Criar políticas. Não credito que a IA vai roubar o trabalho de ninguém. Vai ter, sim, mudança no escopo. Vamos precisar nos adaptar a esse novo modelo, utilizar como aliado. O RH tem papel de organizar isso dentro da empresa”, explica a recrutadora.

Outro ponto é a busca por inovação, segundo Mariana Reis, muitas empresas estão confundindo o conceito. “As pessoas estão romantizando o profissional inovador. Muita gente confunde criatividade com inovação. Criatividade é comportamento. Inovação é processo. A criatividade faz parte do processo, mas não é o fim da inovação. O maior indicador de inovação é a melhoria de processos. Inovar é mudar a rotina, otimizar tempo, reduzir custo. Se melhorou uma planilha e otimizou um processo, isso é inovação. Não é quem trouxe nova máquina de milhões, criou startups, tem a tecnologia mais cara.... é reduzir despesa ou aumentar receita, fazer melhor em menos tempo, com menos recurso”, conclui.